quinta-feira, 21 de junho de 2007

Vida cíclica

Mas que droga! No pior sentido da palavra. De entorpecer e te roubar tudo. Não naquele de prazer, como o êxtase. Mas de sofrer, como a desilusão.


Se entorpece, eu não deveria sentir. Sentir esse sofrimento. Um sofrimento hidráulico, marítimo. Hidráulico, por que faz movimentos dentro de mim até abrir a torneirinha das minhas lágrimas, que são salgadas como o mar. Um sofrimento marítimo, hidráulico. Meu choro é pulsante, como um barquinho em tempestades.


Pode ser drama ou falta excessiva de esperanças. Mas essas, não gostam de mim. Quando vê, logo se vão. Com o Míninu foi assim. Agora tudo se repete.


Tudo se repete. As palavras, o drama, a vida. Vida cíclica. Não quero uma vida cíclica. Não assim.


Não posso insistir no mesmo erro. Agora tenho que esquecê-lo, se é que eu o lembro. Por que ás vezes, penso que o que mais dói, não é o meu coração e sim o meu orgulho. Um orgulho ferido. Primeiro por não ter conseguido o que queria. Depois, por ter achado que conseguiu, quando na verdade, era apenas um elemento do joguinho dele. E neste foi perdedor. E o orgulho ficou entregue, completamente dilacerado. Talvez também meu coração.