domingo, 8 de abril de 2007

Eterna confusão do ser

Há algum tempo eu flutuava numa solidão latente. O encantamento do inicio de uma paixão me acompanha. Me perco na multidão de lembranças de momentos e momentos. Como diria aquela roqueira baiana: “Ás vezes se eu me distraio, se não me vigio um instante, me transporto pra perto de você...”. Realmente. Quando eu quero te achar, eu procuroe m meus pensamentos. Momentos até curtos, mas muito intensos e caracterizados pelo teu carinho falso.

Apesar do medo que me cerca, acho que sua força persuasiva está quase conseguindo me arrastar. Usa estratagemas mais que desleais, porém muito atrativos. Adoro seu jeito de me deixar constrangida. Apesar das negações eu também quero. Pelo menos eu acho. Desejo, mas algo grita que não.

Ao som de “Everything I do” escrevo. A música é melancólica. Eu, romântica. E sua plantação pode estar a germinar, regada e nutrida por um amor que nem sei se é verdadeiro.

Não posso dizer que amo. Ainda é cedo. Mas gosto. Desejo.

Cada momento, percebo, acaba e tornando especial. Como quando você pega na minha barriga e eu morro. De cócegas. Ou quando você finge não me ver. E eu subo a rua te imitando. Você não agüenta e vem. E tenta me arrastar com palavras de mel e aveia. Odeio mel e aveia.

Quero o mesmo que você, mas não posso. Não sei porque, mas não posso. Penso que com você não. Mas com você os limites se quebram e eu começo a ceder. Meu tempo corre lento. O seu vai bem na frente. A estrada pode ser escorregadia. Dois dias não são namoro. O respeito constrói. Calma é uma virtude admirável. Cultive-a.

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